As famílias de trabalhadores rurais sem terra dos acampamentos Cambará, Zigolândia, Rio das Pedras, receberam ontem (07) seus lotes na fazenda Maranatá, antiga fazenda Santa Elina.
Foram 215 famílias de agricultores cadastradas e aprovadas pelo Incra, de acordo com os requisitos exigidos pelo Programa Nacional de Reforma Agrária. Esse é o resultado de um processo de quase cinco anos para a desapropriação da área, que teve o desfecho em 13 de dezembro passado quando a Justiça Federal imitiu o Incra na posse do imóvel, possibilitando a criação do assentamento, também denominado Maranatá.
O superintendente do Incra/RO, Carlino Lima, acompanhado de servidores da autarquia, esteve no local realizando o sorteio e a entrega dos lotes com o Termo de Compromisso de Assentamento, documento que oficializa a família na terra até a emissão do Contrato de Concessão de Uso (CCU), que possibilitará o acesso aos demais benefícios como crédito e infra-estrutura. Cada lote possui em média 16 hectares de área útil.
Para o presidente da Fetagro, Lázaro Dobri, que também acompanhou a entrega dos lotes, o momento é de muita comemoração, pois os trabalhadores acampados conseguiram, depois de 16 anos do Massacre de Corumbiara, uma grande vitória ao conquistar definitivamente o direito de trabalhar e produzir para o sustento da família e toda população, que é o propósito da agricultura familiar.
Lázaro ressaltou ainda que se espera que seja feita reforma agrária completa às famílias assentadas, proporcionando, além da terra, assistência técnica e políticas públicas como saúde, educação e crédito.
Água Viva De acordo com o INCRA, as famílias de agricultores acampados na fazenda Água Viva, também antiga fazenda Santa Elina, receberão hoje (8) seus lotes. No novo assentamento que também será denominado Àgua Viva, serão 194 famílias assentadas.
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