quarta-feira, 2 de setembro de 2015

CARTA DE CURITIBA - Frente Nacional, Democrática e Popular



Curitiba, 28 de Agosto de 2015.
PARANÁ EM DEFESA DO BRASIL, DA DEMOCRACIA, DA SOBERANIA NACIONAL E DOS DIREITOS DO POVO!

Frente Nacional, Democrática e Popular
Estamos convictos de que, diante da gravidade da situação econômica, política e social, evidencia-se a necessidade de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil, da unificação das forças democráticas e populares, da organização da sociedade para buscar consensos e propostas que abram caminho para um novo salto civilizatório da sociedade brasileira. Uma escalada conservadora, de caráter neoliberal está em curso e ameaça as conquistas democráticas, a soberania nacional e os direitos do povo. O momento exige a constituição de um vigoroso movimento em defesa da democracia, dos interesses do povo e da nação. Urge a unidade das forças democráticas e progressistas, da intelectualidade, dos movimentos sociais da cidade e do campo, dos estudantes, do movimento sindical, do empresariado comprometido com a causa do progresso e democracia, das lideranças políticas e partidos que têm compromisso com o país e seu povo. Propomos a constituição de uma Ampla Frente, Nacional, Democrática e Popular em defesa da Democracia, do desenvolvimento do país, da sua soberania, das reformas estruturais e da ampliação dos direitos políticos, econômicos e sociais da sociedade brasileira. Uma Frente organizada nacionalmente, nos estados e nos municípios, de caráter progressista, suprapartidária.
Os componentes da Frente Popular e Democrática do Paraná, erguemos novamente, com bravura, o grito da liberdade e da defesa da democracia. Não podemos abrir a guarda para os que vislumbram, diante das dificuldades do país, da crise internacional e dos interesses imperialistas, intentos golpistas que visam estancar as conquistas democráticas da sociedade brasileira e destruir a soberania de nossa pátria.
Entendemos que o combate à corrupção é uma obra permanente que deve envolver o conjunto da sociedade, é dever dos governos, porque ela é uma chaga que destrói os princípios éticos e morais da sociedade. É imperativo estabelecer novos parâmetros para coibir esta relação promíscua que existe entre os setor privado e o Estado. Entre os corruptos e corruptores. Mas este combate, não pode ser seletivo, deve atingir a todos os que praticam atos ilícitos, doa a quem doer. Por isso  também que defendemos que se acabe com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Razão maior para a existência de um congresso nacional retrogrado e reacionário, que ao invés de extirpar as causas da corrupção, aprova uma reforma política que vai na contramão dos interesses da sociedade brasileira. Um congresso que irrompe ferozmente contra os direitos do povo, pretende instituir a precarização do trabalho, através da terceirização em toda a linha consagrando a escravidão assalariada. Um Congresso que fomenta alterar e reverter a Lei da Partilha do Pré-Sal, manobra que esconde o interesse maior e entreguista de privatizar a nossa  maior e estratégica empresa, a Petrobrás.
Nós não temos dúvida de que a crise econômica e política que assola o país, é caldo de cultura para uma oposição conservadora e elitista, que destila o ódio e o preconceito, e que fomenta com o apoio explícito dos monopólios da comunicação, não só os intentos golpistas mas também o retrocesso, o fim das conquistas democráticas e populares, o impedimento à realização das reformas estruturais para que o país possa avançar no rumo do desenvolvimento, ampliar os direitos da classe trabalhadora, realizar a reforma agrária e fortalecer a economia familiar, defender o patrimônio nacional, investir na educação do povo, estruturar políticas públicas de saúde, de moradia, de transporte, que possibilitem o melhoramento da qualidade de vida do povo e o sepultamento das enormes desigualdades que ainda persistem na sociedade brasileira.
Esta Frente, deverá aprofundar o debate sobre os rumos do país, pensar e estabelecer uma agenda que possibilite a união e a mobilização do povo brasileiro em torno de um programa mínimo que tenha como base, a defesa da democracia, da sua consolidação, da participação popular cada vez mais ampla nas decisões do país; a defesa de uma reforma política que possibilite legitimar e moralizar o processo eleitoral, impedindo o abuso do poder econômico nas eleições, possibilitando a igualdade de condições, através do financiamento público das campanhas. E isto implica também, na democratização dos meios de comunicação, assegurando a liberdade e a igualdade de expressão, impedindo a imposição dos monopólios empresariais; a defesa da soberania do país, das riquezas naturais e do potencial ambiental estratégicos para o novo projeto nacional de desenvolvimento que possibilite a superação das desigualdades sociais e econômicas do povo; por fim a todas as formas de discriminações, preconceitos e desigualdades; defender a universalização do ensino público de qualidade; defender uma política externa independente, de integração cada vez maior da América Latina, que não esteja subordinada aos interesses hegemônicos de quem quer que seja.
Entretanto, nós não vamos levar a cabo estas tarefas inadiáveis para superar os entraves que dificultam o desenvolvimento econômico e social do país, se o povo não tiver unido e organizado. Se não houver ampla mobilização popular para sustentar estas bandeiras de luta.
O Estado do Paraná, pela sua importância econômica e política, deve ter maior protagonismo no cenário nacional. Para isso devemos superar a incompetência administrativa e política, enfrentar esta dura realidade que oculta a elevação da dívida pública, a precarização do trabalho do  funcionalismo público, e deterioração dos serviços públicos, a fragilização de nossa indústria e da produção campesina, da nossa economia, das finanças e das empresas públicas fundamentais para sustentar nosso desenvolvimento. É preciso também quebrar esta seletividade na apuração dos desmandos e da corrupção que também assola o nosso Estado, sistematicamente blindadas pelo aparato ultraconservador do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da mídia monopolista e demais órgãos de controle da sociedade.
Não podemos abdicar de nossa responsabilidade nestes momentos cruciais da vida nacional, com base na história de luta do bravo povo brasileiro, deveremos afirmar a nossa cidadania, o nosso compromisso, construindo a união nacional necessária para transformar o Brasil na grande nação que todos almejamos e colocar os alicerces para construir uma sociedade muito mais humana, solidária e fraterna.
É com estas premissas que nasce a Frente Democrática e Popular do Paraná!
Viva a unidade das forças democráticas e populares! Viva a união do Povo!

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2 comentários:

  1. Parabéns a todos que fazem parte deste movimento, no qual me integro de força e alma. O sonho nunca acabou e a luta continua.

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    1. É isso, a unidade das forças vivas e consequentes, com clareza de objetivo e com política na cabeça, com disposição para avançar no rumo da superação desta página atróz da realidade brasileira e construir um novo projeto nacional de desenvolvimento, é, certamente, um caminho seguro para erigir, soberanamente uma grande nação. A Frente Nacional, Popular e Democrática será um instrumento importante para que isso seja possível! É o que penso! Daí nosso esforço!

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