Desde 2006, seis pessoas foram assassinadas no município por disputas na área rural
Cenário da morte de dois sem-terra neste ano, Campos de Goytacazes, no Norte Fluminense, é o município que historicamente apresenta o maior número de conflitos agrários no Rio de Janeiro. A cidade, onde vivem hoje cerca de 1.500 famílias em 14 assentamentos de terra, engrossa, nos últimos anos, o saldo de mortes no meio rural. Segundos dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde 2006, seis pessoas foram assassinadas no município em decorrência de disputas agrárias. No ano passado, outros dois sem-terra de um acampamento rural de cortadores de cana de açúcar, localizado na cidade fluminense, foram mortos próximo à BR-356, que liga Campos a Itaperuna. Antônio Carlos Biazini, de 45 anos, líder do acampamento rural, e Joais da Silva Rocha, de 25 anos, foram baleados quando deixavam o local.
O município, o mais extenso territorialmente do estado, apresenta a maior concentração de unidades latifundiárias, sobretudo de tradição canavieira, e de trabalhadores rurais no Rio de Janeiro, fatores que transformaram o local em um caldeirão de conflitos. Para a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Rio de Janeiro, Marina dos Santos, a demora do governo federal em desapropriar algumas propriedades improdutivas e a ausência do poder público na região contribuem para o quadro de tensão rural. Em Campos dos Goytacazes, concentra-se o maior número de ocupações realizadas pelo movimento dos sem-terra na Região Norte do Rio de Janeiro.
- É uma região marcada pela concentração da terra e pela ausência do poder público. Há ainda uma cultura de organização de pistolagem e de jagunçagem. A não presença do poder público deixa esses grupos muito à vontade para atuar - afirmou.
Outra região que historicamente figura quase todos os anos nos dados da Comissão Pastoral da Terra é a do entorno da Baía de Guanabara. Nos últimos quatro anos, quatro pessoas das comunidades locais de pescadores foram assassinadas em conflitos por territórios. No ano passado, em junho, um dia após o encerramento da conferência Rio+20, duas pessoas foram mortas. Uma delas foi João Luiz Telles Penetra, de 40 anos, que estava na lista de ameaçados da CPT. A outra foi Almir Nogueira de Amorim, de 45 anos, outro líder ambiental da região. Os dois faziam parte da Associação Homens do Mar (Ahomar), entidade contrária a empreendimentos que prejudiquem a pesca artesanal na Baía de Guanabara. Segundo pescadores, nos últimos meses, aumentou o número de homens armados que circulam pelo local. (Gustavo Uribe)
Fonte:
Campos: cenário histórico de conflitos agrários no Rio — Portal ... Campos: cenário histórico de conflitos agrários no Rio ... desde 2006, seis pessoas foram assassinadas no município em decorrência de disputas agrárias. https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/3/4/campos-cenario-historico-de-conflitos-agrarios-no-rio
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