É preciso realizar, conforme o chamado da Frente
Brasil Popular, grandes atos no dia 18. Há que encher as ruas com as maiores
jornadas do último período, para que os golpistas voltem às suas tocas.
“A democracia vencerá o golpismo!” O golpe não
passará!
A surpresa do
consórcio direitista formado por setores do judiciário e do ministério público
junto com partidos e a mídia golpista, foi visível ao longo do dia 4, a
sexta-feira da indignação, na maneira acanhada com que, na televisão, se
referiam ao sequestro do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e à pronta
reação que aquele ato ilegítimo suscitou em todo o país.
Aquela reação foi
confirmada no sábado (5) pela divulgação de pesquisa do instituto Vox Populi
mostrando que 56% desaprovaram a inclusão de Lula na Lava Jato, 65% acharam
exagerada a condução coercitiva, e 57% afirmaram que acreditam em Lula.
Tentaram matar a
jararaca e não acertaram a cabeça mas o rabo, disse Lula no discurso em que, na
sexta-feira, em São Paulo, manifestou seu inconformismo contra o golpe em
andamento e demonstrou disposição para correr o pais do Oiapoque ao Chuí em
defesa da legalidade e do ciclo de mudanças iniciado com sua posse, em 2003.
Terão “de me enfrentar nas ruas deste país", disse. “Sobrevivi à fome, e quem
sobrevive à fome não desiste nunca”, garantiu.
A direita não
esperava a reação popular tão intensa, expressiva e até espontânea. Ao
contrário, durante a madrugada anterior à ação ilegal e golpista, imaginou
fazer uma comemoração que não ocorreu!
Puxaram a toalha de
nossa festa, poderia dizer, repetindo a reação do líder direitista Carlos
Lacerda em 24 de agosto de 1954 quando o povo se levantou ao saber da notícia
do suicídio de Getúlio Vargas e, nas ruas, varreu o golpe.
Dramaticidade
semelhante em defesa da legalidade ocorre em nossos dias. E o alvo principal da
ação golpista, Lula, manifesta sua disposição de ir às ruas contra os mesmos
reacionários que vitimaram Getúlio Vargas, há mais de 60 anos. Hoje o combate é
o mesmo, em defesa da democracia, e as ruas mostram semelhante força para
barrar o golpe. Mais: para derrotar os golpistas definitivamente, o que não
aconteceu naquela época; a direita e seus apaniguados só conseguiram dar seu
golpe de estado em abril de 1964.
Hoje, não! A direita
e seus associados devem ser derrotados agora e em 2018. Nas ruas e nas urnas!
Este é o grande
temor dos conservadores – ficarem reduzidos ao lugar que lhes cabe na
democracia brasileira, o de representar apenas os setores privilegiados para,
se tiverem alguma chance, disputar eleições presidenciais. No voto, nas urnas,
nunca no grito!
Protagonista do
golpe contra a democracia e a legalidade, a Rede Globo tenta ir adiante na ação
contra a democracia e escalou, no sábado e no domingo (4 e 5) dois de seus
principais ventríloquos (Ricardo Noblat e Merval Pereira) para fazerem o apelo
de sempre da direita, invocando o golpismo de setores militares.
Sem êxito. Hoje os
militares preferem cumprir as funções que a Constituição determina e a
sociedade espera deles. Não se deixam seduzir por apelos interesseiros dos
conservadores que se opõem às mudanças que favorecem o povo e fortalecem a
nação.
O apelo golpista
manifestado por ventríloquos da Globo e da direita se choca com a sólida
muralha legalista formada pela reação popular e pela consciência democrática
brasileira.
O país está
dividido, diz a direita. É preciso reconhecer que sim, está – e quem o divide é
justamente a defesa dos interesses antidemocráticos e ilegais da elite que olha
para o país como se fosse uma propriedade particular sua.
O Brasil está
dividido. De um lado, está a minoria privilegiada e golpista. Do outro, a
grande maioria dos brasileiros que querem o progresso social, o fortalecimento da
nação e o bem-estar do povo.
É este Brasil, dos
brasileiros, dos trabalhadores, do povo, que precisa reagir à altura, nas ruas,
nos debates, na luta de ideias, para assegurar o avanço.
A agressão contra
Lula é inaceitável porque atinge a própria democracia para acelerar o golpe contra
a presidenta Dilma Rousseff. Atinge a cada um dos brasileiros!
Em defesa do mandato
de Dilma Rousseff e da legalidade, é preciso uma mobilização intensa e ampla,
luta e vigília de todos os democratas, de todas as forças vivas do povo e dos
trabalhadores. A indignação dever alcançar amplos segmentos sociais para que
tomem posição e se insurjam em defesa da democracia e do ex-presidente
Lula.
É preciso realizar, conforme o chamado da Frente
Brasil Popular, grandes atos no dia 18. Há que encher as ruas com as maiores
jornadas do último período, para que os golpistas voltem às suas tocas.
“A democracia vencerá o golpismo!” O golpe não
passará!