sábado, 28 de maio de 2011

TAMBÉM NO PORTAL DO VERMELHO SOBRE A MORTE DE DINHO

EM DEFESA DA JUSTIÇA EM DEFESA DAS LUTAS SOCIAIS EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA.
ASSIM COMO CHICO MENDES, MORRE O HOMEM CRIA-SE O MÁRTIR.
HOMENAGEM AO LÍDER DO MOVIMENTO CAMPONÊS CORUMBIARA ADELINO RAMOS (Popular Dinho).

Saiu também no Portal do Vermelho.org a notícia sobre a morte de Adelino Ramos (Dinho), 56 anos além da transcrição de Telegrama do Presidente do PCdoB Renato Rabelo manifestando pesar.
PCdoB: Dinho dedicou toda a sua vida à causa dos camponeses.
Em telegrama enviado neste sábado (27) para a família de Adelino Ramos, camponês líder do Movimento Camponês Corumbiara e militante do Partido Comunista do Brasil assassinado na sexta-feira em Rondônia, o Presidente Nacional do partido, Renato Rabelo, lamenta a morte de Dinho, como era conhecido, e manifesta solidariedade à família.
“Em nome da direção nacional do Partido Comunista do Brasil me solidarizo com a família de nosso camarada Adelino Ramos, militante comunista destacado, assassinado em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho, estado de Rondônia, que lutava com seus companheiros contra os grandes latifundiários e proprietários de madeireiras em sua região." diz o telegrama.
Leia também:
"Desde 2009 que Ramos denunciava à ouvidoria agrária nacional ameaças de morte que ele e outros lutadores estavam sofrendo por exigir a criação de um assentamento agrário em seu estado. Esta morte – assim como outras que vêm acontecendo pelos mesmos motivos – devem ser imediatamente investigadas e esclarecidas, além de que sejam tomadas providências para que não mais ocorram. A luta pela reforma agrária em nosso país é uma exigência nacional." ...conclui a mensagem, assinada por Renato Rabelo, Presidente do Partido Comunista do Brasil.
O PCdoB de Rondônia, por meio do seu vice-presidente regional, Francisco Batista da Silva, também divulgou nota lamentando o assassinato de Dinho. "Em 27 de maio de 2011, foi ceifada a vida do líder sindical camponês Adelino Ramos (Dinho) militante da causa pela reforma agrária em Rondônia e conhecido nacionalmente pela luta e contra a violência no campo", diz a nota, publicada nesta sexta-feira (27).
"Dinho, como era conhecido, dedicou toda a sua vida a causa dos camponeses. Recentemente vinha trabalhando em um assentamento no sul do Amazonas, em uma região conhecido como Ponta do Abunã. Era um homem marcado para morrer há cerca de dois anos, vinha sendo ameaçado constantemente e assim perdeu sua vida", prossegue.
"O Partido Comunista do Brasil, que ao longo de 90 anos sempre esteve na luta pela reforma agrária em nosso país repudia a violência no campo, que tem aumentado na região norte do país, onde em apenas uma semana três lideres foram executados, e ao mesmo tempo solicita às autoridades estaduais e federais a apuração imediata e punição aos responsáveis por tais tragédias. Adelino Ramos era um dos militantes do partido em Rondônia.
Ramos filiou-se ao PCdoB em 22 de setembro 2007, junto com mais outras 150 membros do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), de Rondônia. O movimento congrega cerca de 600 famílias e foi fundado em 1995.
Na ocasião de sua filiação, Ramos disse que o movimento se fortalecia ainda mais. “O PCdoB está ligado à luta dos trabalhadores. É um partido forte que sempre lutou pela reforma agrária no País”, destacou. Eron Bezerra, então Deputado Estadual do Amazonas, abonou as fichas dos novos filiados.
Amigo pessoal de Dinho, Bezerra explica que a região é conflituosa. “São madeireiros que atuam de forma irregular que não querem organização e nem a presença do Estado. Para eles não interessa. Significa ameaça. Dinho foi mais uma vítima dessas pessoas”, declarou.
Bezerra acionou novamente a Secretaria de Segurança Pública para evitar novas mortes no local. O secretário Zulmar Pimentel comprometeu-se em averiguar o caso.
Velório na sede da CTB
O velório de Dinho está sendo realizado na sede da CTB em Porto Velho. Várias lideranças nacionais confirmaram presença no velório, entre eles a senadora do Amazonas Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Ramos, que em agosto de 1995 sobreviveu ao ataque em que morreram 12 pessoas, entre camponeses e crianças, às mãos de um comando de supostos paramilitares, foi assassinado quando vendia produtos agrícolas no distrito de Vista Alegre do Abunã, capital de Rondônia.
Segundo a organização católica Pastoral da Terra, o camponês foi baleado por atiradores que estavam em uma motocicleta.
Segundo a CPT, Ramos vinha sendo ameaçado há algum tempo por madeireiros da região. A pressão teria piorado após ações do Ibama que resultaram em apreensão de madeira extraída ilegalmente e de cabeças de gado.
Direto da redação de Vermelho.org em:
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=155212&id_secao=1

sexta-feira, 27 de maio de 2011

HOMENAGEM AO LÍDER DO MOVIMENTO CAMPONÊS CORUMBIARA ADELINO RAMOS (Popular Dinho).

EM DEFESA DA JUSTIÇA EM DEFESA DAS LUTAS SOCIAIS EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA.

HOMENAGEM AO LÍDER DO MOVIMENTO CAMPONÊS CORUMBIARA ADELINO RAMOS (Popular Dinho).

Saiu em diversos Blogs e algumas mídias a notícia sobre o assassinato de Adelino Ramos, um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, e também um dos líderes do Movimento Camponês Corumbiara (MCC).

Esta matéria abaixo é transcrita conforme saiu na RedeBrasilAtual em:

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/05/mais-um-campones-e-assassinado-na-amazonia

Adelino Ramos, de 56 anos, vinha sendo ameaçado por madeireiros da região entre Lábrea, no Amazonas, e Vista Alegre do Apunã, em Rondônia. É a terceira morte em quatro dias...

Por: João Peres, Rede Brasil Atual

Publicado em 27/05/2011, 16:05

São Paulo – O agricultor Adelino Ramos, de 56 anos, foi assassinado na manhã desta sexta-feira (27) em Vista Alegre do Abunã, um distrito de Porto Velho, em Rondônia. Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dinho, como era conhecido, foi alvejado por um motociclista quando estava em seu carro na companhia da esposa e de duas filhas.

Ele chegou a ser socorrido em um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a CPT, Ramos vinha sendo ameaçado há algum tempo por madeireiros da região. A pressão teria piorado após ações do Ibama que resultaram em apreensão de madeira extraída ilegalmente e de cabeças de gado.

Ramos era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, ocorrido em 1995 em Rondônia, e integrava o Movimento Camponês de Corumbiara. Apontado pelos latifundiários locais como um dos líderes do movimento, o camponês passou a sofrer perseguições, assim como o filho, Claudemir Ramos, cuja história foi contada recentemente pela Rede Brasil Atual.

Os dois chegaram a ser processados com base na investigação do Ministério Público Estadual, que por sua vez levou em conta a apuração conduzida pela Polícia Civil. Claudemir acabou condenado e, desde 2004, é dado como foragido. Adelino se livrou do processo, mas não das perseguições. Pai e filho não se viam há dez anos.

Em conversa telefônica realizada há dois meses, Dinho contou que vivia agora no Assentamento Agroflorestal Curuquetê, sediado em Lábrea, no Amazonas, próximo às divisas com Rondônia e Acre. Para ele, a ideia “inovadora” de cultivar alimentos e frutos que respeitassem a floresta vinha irritando fazendeiros da região. “Os bandidos, assassinos, invasores, destruidores da Floresta Amazônica ficam nervosos. Então se acirrou novamente o clima de perseguição em cima disso.”

Muito emocionado, Claudemir pediu para fazer uma declaração na qual cobra atenção à necessidade de lutar pela redistribuição de terras. "Fui fiel a vida toda ao movimento. Nunca traí a causa, nem meu pai, sempre lutamos pelas causas do povo. Essa questão da reforma agrária, tem muita coisa de errado acontecendo, quando o PT vai acordar para isso?"

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República informaram que já foram feitos contatos com o governador de Rondônia e a Polícia Federal para que o crime seja prontamente investigado.

O secretário-geral, Gilberto Carvalho, e a ministra Maria do Rosário indicaram que o governo não tolera esse tipo de atitude, que entra em conflito com o Estado democrático de direito. "Mais uma morte provavelmente provocada pela perseguição aos movimentos sociais. Essas práticas não podem ser rotina em nosso país e precisam de um basta imediato", indica o comunicado.

Segundo a CPT, um alerta havia sido feito a autoridades do Amazonas em 2010. Esta semana, a agricultora Nilcilene Miguel de Lima, também moradora de Lábrea e presidente da Associação Deus Proverá, denunciou que está jurada de morte por madeireiros da região.

Tirado de: RedeBrasilAtual, Sobrevivente de Corumbiara é assassinado na Amazônia em: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/05/mais-um-campones-e-assassinado-na-amazonia

Leia também:

Governo determina que PF apure morte de líder camponês em RO em:

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/governo-determina-que-pf-apure-morte-de-lider-campones-em-ro.html

Comissão Pastoral da Terra – Sobrevivente do massacre de Corumbiara é assassinado em Rondônia em:

http://www.cptnacional.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=656:sobrevivente-do-massacre-de-corumbiara-e-assassinado-em-rondonia&catid=12:conflitos&Itemid=54

RedeBrasilAtual – Massacre de Corumbiara: jura de morte separa pai e filho há 10 anos em:

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/05/2011/03/jura-de-morte-separa-pai-e-filho-ha-10-anos

OPINIÃO DE JOSÉ SAFRANY FILHO: CONFORME A CONSTITUIÇÃO E OS ACORDOS INTERNACIONAIS ASSINADOS PELO BRASIL, ASSASSINATOS, EXECUÇÕES SUMÁRIAS, TORTURAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS TÊM QUE SER APURADAS DIGNAMENTE, COM PRAZO NÃO ABUSIVO E PUNIR OS RESPONSÁVEIS DE ACORDO COM A LEI!



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Negada liminar a fazendeiro condenado por submeter trabalhadores à condição de escravos

Tirado do Link do Superior Tribunal de Justiça a decisão de que foi Negada liminar a fazendeiro condenado por submeter trabalhadores à condição de escravos. Podemos observar que neste caso fez-se justiça parcial, quanto à negação do habeas corpus. Explicando melhor, a justiça seria integral se além da condenação pelos seus crimes as terras de suas fazendas fossem desapropriadas para a Reforma Agrária.

A decisão do STJ encontra-se abaixo:

18/05/2011 - 13h07

DECISÃO

O Superior Tribunal de Justiça negou liminar em habeas corpus impetrado em favor do fazendeiro Gilberto Andrade, condenado por submeter trabalhadores à condição análoga a de escravo, aliciamento de trabalhadores e ocultação de cadáver. Em decisão monocrática, a ministra Laurita Vaz destacou que a liminar é concedida apenas em situações excepcionais e que, no caso do fazendeiro, o pedido se confunde com o próprio mérito do habeas corpus pretendido – cuja análise ficará a cargo da Quinta Turma.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, os trabalhadores das fazendas de Gilberto Andrade, nos estados do Pará e Maranhão, eram aliciados com falsas promessas de emprego e submetidos às condições de trabalho escravo, inclusive com cerceamento da liberdade. Também foram encontrados corpos humanos enterrados nas propriedades do acusado.

As denúncias contra o fazendeiro ganharam repercussão internacional após a acusação de que ele teria torturado um trabalhador com ferro quente de marcar bovinos, como punição por reclamações sobre a qualidade da comida e falta de salário. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF-1) a 14 anos de prisão em regime inicial fechado e ao pagamento de multa de 7,2 mil salários mínimos.

A intenção do fazendeiro com o habeas corpus é anular todo o processo. Ele argumenta que teria sido abandonado pelo advogado de defesa e que a competência para o julgamento da ação penal não seria da Justiça Federal. Contudo, a ministra Laurita Vaz ressaltou que a competência do Juízo Federal para o caso, por envolver crimes relacionados ao trabalho escravo, já havia sido definida pela Corte em julgamento anterior.

A defesa ainda afirmou que a denúncia do Ministério Público não poderia ter sido aceita pela Justiça, pois teria deixado de apresentar em detalhes as circunstâncias de todos os crimes atribuídos ao fazendeiro. Laurita Vaz destacou, no entanto, que não cabe mais a alegação de inépcia da denúncia, porque a sentença já foi confirmada pelo tribunal de segunda instância. “Após a superveniência de sentença condenatória, confirmada em sede de apelação, resta preclusa a alegação, sobretudo quando fundada na validade do conjunto probatório contido nos autos”, afirmou a ministra.

Por fim, a defesa do fazendeiro alega que o fato de as penas terem sido aplicadas em grau máximo, para todos os crimes, não foi corretamente justificado – razão pela qual pede a anulação do acórdão proferido pelo TRF-1 ou a reforma do julgado para reduzir as penas.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa

Tirado do Portal do Superior Tribunal de Justiça, onde até quinta-feira, 19 de maio de 2011 a página já tinha sido acessada: 2529 vezes.

Em: http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=101870

Esperamos que no caso do massacre de Corumbiara em Rondônia também se faça justiça e condenem os verdadeiros culpados, ou seja, os Fazendeiros mandantes do Massacre.

Poderá ler também em:

https://sites.google.com/site/crabastosbrasil/home/neste-caso-se-fez-justica-ainda-que-parcial

http://amarcosnoticias.blogspot.com/2011/05/stj-nega-liminar-de-fazendeiro.html

http://www.luiscardoso.com.br/judiciario/stj-nega-liminar-de-fazendeiro-condenado-por-trabalho-escravo-no-ma-e-pa/

terça-feira, 17 de maio de 2011

SOLIDARIEDADE EM DEFESA DA VIDA

Tirado diretamente do Blog Comitê Solidário a Vítimas do Massacre de Corumbiara postado em 17 de Março de 2011 e repostado neste Blog em 17 de maio de 2011.



O hediondo massacre de Corumbiara nos enche de indignação e revolta 16 anos após o covarde ataque aos trabalhadores rurais acampados na Fazenda Santa Elina, na madrugada de 9 de agosto de 1995 no Estado de Rondônia.

Barracos destruídos dos acampados.

No dia 16.07.2007, esses dois trabalhadores salvos do massacre por julgarem-nos mortos, jogado que foram em um caminhão basculante juntos com os cadáveres tombados no horripilante cenário, tiveram prisão decretada pelo STJ , São eles Cícero Pereira Leite Neto e Claudemir Gilberto Ramos.

Barracos queimados pelos fardados.

Em 08 de Novembro de 2007 o trabalhador Cícero Pereira Leite foi preso em Rondônia e Claudemir Gilberto Ramos se encontra em lugar ignorado. Claudemir teme por sua vida, pois fora, por três vezes, ameaçado de morte quando reagia aos ferimentos no hospital em dera entrada no ato do massacre.

A triste história dessa ação criminosa por parte de pistoleiros, jagunço, fazendeiros, policiais sem identificação oficial, grileiros enfim, é conhecida pela sociedade brasileira e na comunidade internacional.

Torturado pelos assassinos.

Fato é que a Organização dos Estados Americanos – OEA, da qual o Brasil é o primeiro signatário já se pronunciou e recomendou a anulação do processo contra os trabalhadores sem terra e pede o pagamento indenizatório que julga merecedores vítimas e familiares dos que foram prejudicados, torturados, mortos no confronto desigual, injusto, covarde, inadmissível em qualquer parte do mundo.

Torturado por assassinos fardados.

Este grupo de pessoas que se organiza em conjunto com o Comitê Nacional de Solidariedade ao Movimento Camponês Corumbiara, para encontrar saídas para o companheiro Claudemir e Cícero é solidário buscando protegê-los contra o que julga ser uma condenação injusta decretada pelo STJ, visto por em risco a vida de ambos. Juntos, pleiteamos também manifestação, apoio, suporte e empenho das instituições democráticas e órgãos governamentais, Secretarias ligadas aos Direitos Humanos para com os companheiros Claudemir Gilberto Ramos e Cícero Pereira Leite Neto, na solicitação de revisão processual encaminhado ao Tribunal de Justiça de Rondônia em 20.12.2007 sob Protocolo nº 2000002007 0132542, que reivindica a anulação da sentença prisional.

São também solidários: o Grupo Tortura Nunca Mais – São Paulo e o Movimento Nacional de Direitos Humanos – SP.

Confira original em: http://camponescorumbiara.blogspot.com/2011/03/solidariedade-em-defesa-da-vida.html?showComment=1300505005566#c3243265139511827649

Ou acesse: https://sites.google.com/site/crabastosbrasil/abaixo-assinado-em-defesa-das-vitimas-do-massacre-de-corumbiara/solidariedade-em-defesa-da-vida-1

Baseado nestas e em outras informações é que criei um abaixo assinado na Internet com o intuito de informar a opinião pública sobre os acontecimentos de Corumbiara, e exigir da justiça que tomem as providências cabíveis onde as vítimas passam a ser réus e os verdadeiros criminosos permanecem impunes e livres, sem nenhum processo contra eles...

O Abaixo assinado encontra-se na Petição Pública, que é um sítio que tem ajudado a várias causas...

Link do Abaixo Assinado: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N9768

OPORTUNISMO

Consultado no Dicionário Político – Maxista Interne Archiv:

Oportunismo é a política de conciliação de classes, de cooperação do proletariado com a burguesia. Por sua natureza social o Oportunismo é uma manifestação da ideologia e da política pequeno-burguesas. O Oportunismo de direita é um conjunto de opiniões teóricas e orientações táticas que se baseiam na submissão ao movimento operário espontâneo, na idéia "reformista" da transição gradual do capitalismo em socialismo e na renúncia à revolução socialista e à conquista do poder pela classe operária. Reflete os estados de ânimos da cúpula aburguesada da classe trabalhadora, a aristocracia operária, e os setores médios da sociedade capitalista e é típico dos partidos socialistas de direita.

No movimento comunista, o Oportunismo de direita se manifesta em alguns períodos como "revisionismo de direita".

O "Oportunismo de Esquerda" é uma mescla de proposições ultrarrevolucionárias e aventureiras que se apoiam nas ideias voluntaristas sobre a onipotência da "violência revolucionária". Reflete as vacilações no ânimo social dos pequenos proprietários que se arruínam e dos elementos incapazes de sustentar uma luta de classes firme e organizada. Não leva em conta as etapas de desenvolvimento social e empurra o movimento operário no caminho de aventuras políticas e sacrifícios sem sentido.

O Oportunismo de esquerda e de direita, apesar de toda a sua diferença e aparente contradição, estão unidos pela hostilidade ao marxismo-leninismo.

Tirado do Dicionário Político – Maxista Interne Archiv em:

http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/oportunismo.htm

Fonte: Breve Diccionário Político - Editorial Progreso – Moscu

Saudações Vermelhas!!!

CRABASTOS

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ABAIXO-ASSINADO NACIONAL E INTERNACIONAL EM DEFESA DA LIBERDADE DE CLAUDEMIR GILBERTO RAMOS E CÍCERO PEREIRA LEITE NETO E INDENIZAÇÃO AS VITIMAS...

Saudações Vermelhas Camaradas!!!

Criei este abaixo assinado na Internet com o intuito de informar a opinião pública sobre os acontecimentos de Corumbiara, e exigir da justiça que tome as providências cabíveis onde as vítimas passam a ser réus e os verdadeiros criminosos permanecem impunes e livres, sem nenhum processo contra eles...

O Abaixo assinado encontra-se na Petição Pública, que é um sítio que tem ajudado a várias causas... para acessar o link e assinar a petição entre no link abaixo:

Link do Abaixo Assinado: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N9768

Na verdade coloquei este abaixo assinado no Sítio da Petição Pública, mas a redação foi feita por um dos Membros do MCC Movimento Camponês Corumbiara, que também está no Blog: http://camponescorumbiara.blogspot.com/2011/04/manifesto-do-comite-nacional-sp-em.html

Abaixo transcrevo exatamente como está no Sítio da Petição Pública:

ABAIXO-ASSINADO NACIONAL E INTERNACIONAL EM DEFESA DA LIBERDADE DE CLAUDEMIR GILBERTO RAMOS E CÍCERO PEREIRA LEITE NETO E INDENIZAÇÃO AS VITIMAS DO MASSACRE DE CORUMBIARA RO-BRASIL

Para:Presidente da República Federativa Do Brasil; Supremo Tribunal Federal

Destinatário:

Sra. Presidenta da República Federativa do Brasil,

Srs. Presidente do Supremo Tribunal Federal Do Brasil,

Sr. Ministro da Justiça,

Sr. Presidente do tribunal de justiça de Rondônia,

Sr. Governador de Rondônia,

Pedimos aos cidadãos com espírito de justiça, no Brasil e no mundo, que assinem e divulguem este abaixo-assinado para a liberdade de Claudemir Gilberto Ramos e Cícero Pereira Leite Neto e indenização as vitimas do massacre de Corumbiara Ro.

LIBERDADE E JUSTIÇA E O QUE QUEREMOS!...

nós, abaixo-assinados, pedimos-lhes solenemente que investiguem novamente o caso Corumbiara ou um novo julgamento e seja feito justiça aos injustiçados e vitimas do massacre de Corumbiara (Ro) em 9 de agosto de 1995 Nos dos Comitês em Defesa por Justiça no Brasil, e indenização as Vítimas do Massacre de Corumbiara Rondônia lutamos em prol não só da Reforma Agrária, mas também pela paz e liberdade para os injustiçados no caso Corumbiara assim viemos nos manifestar junto à opinião publica contra as injustiças cometidas a 16 anos do acontecido as indenização as vitimas ate hoje não saiu do papel do governo do estado De Rondônia, Claudemir Gilberto Ramos e Cícero pereira leite neto dois camponeses foram condenados em agosto de 2000.

No nosso entender condenados injustamente sem provas nos autos do processo e os latifundiários continua impune ate hoje, queremos justiça Em favor das classes de trabalhadores menos favorecidas, Liberdade ao companheiro.

Claudemir Gilberto Ramos que está foragido

não da justiça mas da injustiça ao companheiro, condenado a 8 anos e meio em regime fechado, não tem liberdade convívio familiar, não tem um trabalho com dignidade nem se pode ter registro em sua carteira de trabalho vive se escondendo como se fosse bandido, dependendo de ajuda de alguns que sensibiliza com a causa, onde esta a justiça a este companheiro?

Companheiros, Povo, Sociedade Brasileira, entidades de classes sociais, cleros, etc. temos que nos unir e lutar por justiça não só no caso Corumbiara. Mas no contesto geral por justiça e igualdade Social.

Assine este abaixo assinado Colete assinatura Em sua Cidade.

Os signatários

Maiores informações sobre o Caso Corumbiara e o Abaixo Assinado encontre nos Links Abaixo:

Para assinar a Petição acesse: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N9768

Outros:

http://hastalavictoriasempre.blogspot.com/2011/05/pedimos-ajuda-para-montar-comite-de.html

http://mobilizacaobr.ning.com/profiles/blogs/abaixoassinado-nacional-e

http://camponescorumbiara.blogspot.com/

http://crabastos.blogspot.com/2011/05/o-peticao-publica-brasil-surge-na.html

http://crabastosbrasil.blogspot.com/2011/04/manifesto-do-comite-nacional-solidario.html

http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/58/fugitivos-da-injustica

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/03/sobrevivente-de-massacre-vive-ha-16-anos-como-foragido-da-injustica

http://crabastos.blogspot.com/2011/04/sobrevivente-do-massacre-de-corumbiara.html

Vídeos do YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=AbR-PGlegfk&feature=fl_lolz&playnext=1&list=FLgpKEQVIqVOs

Massacre de Corumbiara – Parte I –

http://www.youtube.com/watch?v=vad4IMYo_aQ

Massacre de Corumbiara – Parte II:

http://www.youtube.com/watch?v=FfNgQAPz9zE&feature=related

Testemunho de Maria dos Anjos:

http://www.youtube.com/watch?v=LFtOIJpStho&feature=related

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Paraná fortalece laços de solidariedade com Cuba

Eu estava lá em 06/05/2011 para presenciar a Convenção e exposição de Fotos e também o lançamento do Livro Cuba: Apesar do Bloqueio, do jornalista e escritor, e agora também meu amigo, Mario Augusto Jakobskind da ABI.

O local encontro foi realizado no Auditório do Setor de Educação da UFPR (anf. 100), Ed. D. Pedro II, Rua General Carneiro, 460 – 1º andar, entre às 19:00 e 21:00 horas aproximadamente.

A notícia foi publicada no site da Associação José Martí do Paraná - www.josemartipr.com

A Associação Cultural José Martí do Paraná, em conjunto com o CEBRAPAZ, realizaram no dia 6 de maio, na cidade de Curitiba, a Convenção de Solidariedade a Cuba, com a presença do vice chefe da embaixada de Cuba no Brasil Alexis Bandrich Vega e do cônsul-geral de Cuba no Brasil Lázaro Mendes Cabrera, com o objetivo de fortalecer as ações de solidariedade a Cuba no Paraná, congregando ativistas e entidades comprometidos com a causa cubana e socialista.

Na ocasião foi lançado o livro "Cuba, apesar do bloqueio" do jornalista Mario Augusto Jacobskind, que foi um dos palestrantes do evento. Também durante evento foi realizada mostra de fotografias feitas pelas pessoas que visitaram Cuba nas Viagens Culturais.

Leia a matéria na integra em: http://www.josemartipr.com/index2.htm

Matérias complementares

Matéria publicada originalmente na jornal Gazeta do Povo e republicada na Associação Cultural José Marti...

O contexto de mudanças em Cuba é favorável para que o Brasil se torne o principal parceiro do país na América Latina, superando a Venezuela. “Esse momento é uma oportunidade para o Brasil. Estamos ampliando o setor não estatal, as micro e pequenas em­­presas, e os brasileiros podem nos assessorar nisso”, declarou o vice-chefe da Embaixada de Cuba no Brasil, Alexis Bandrich Vega, que visitou Curitiba ontem para participar da Convenção de Solida­­riedade a Cuba, promovida pela Associação Cultural José Martí – Paraná.

Leia a matéria na integra em: http://www.josemartipr.com/index2.htm

Mudanças no regime de propriedade em Cuba

Havana, Cuba, 10/5/2011 – O Partido Comunista de Cuba (PCC) divulgou ontem seu programa de desenvolvimento econômico e social para os próximos cinco anos, com reformas no sistema de propriedade de moradias e automóveis, e a possível abertura ao turismo internacional para os habitantes da ilha, entre outras novidades. “No final, a burocracia vai acabar”, disse à IPS um homem de meia idade após comprar seu exemplar das “Diretrizes da Política Econômica e Social”, aprovadas no sexto congresso do PCC realizado em abril. “Vim bem cedo e consegui, porque os 300 exemplares colocados à venda voaram”, acrescentou.

Leia a matéria na integra em: http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/mudancas-no-regime-de-propriedade-em-cuba-2/

MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE

Carta de Curitiba

A Convenção de Solidariedade a Cuba que tem por objetivo estreitar os laços de amizade entre os paranaenses e os cubanos, defender a soberania dos países e estimular as relações comerciais e os convênios técnico-científicos, esportivos e culturais vem manifestar-se a público defendendo:

Leia a matéria na integra em: http://crabastos.blogspot.com/2011/05/mocao-de-solidariedade.html

O que atrasa Cuba não é o Comunismo, mas o embargo.

Publicado em 18/04/2011 por sinesiopontes

Cuba comemora 50 anos da Vitória na Batalla de Girón, um plano norte-americano para invasão de Forças anti-Castro pela Baía dos Porcos, tropas estas formadas por cubanos treinados, armados e financiados pela CIA (Serviço secreto americano). Além disso, completa-se também 50 anos da proclamação do Caráter Socialista da Revolução Cubana de 1959 liderada por Fidel Castro e Che Guevara.

As teorias marxista-leninistas foram base para a implantação do novo regime cubano, e o apoio da extinta União Soviética era fundamental para a condução desse processo de renovação. Mas o embargo econômico imposto pelos EUA em 1962, juntamente com a extinção da União Soviética em 1991 sufocaram os planos de crescimento desta Nação.

Leiam a matéria na integra em: http://sinesiopontes.wordpress.com/2011/04/18/o-que-atrasa-cuba-nao-e-o-comunismo-mas-o-embargo/

Leia também:

Os debates do Congresso – Granma

Cerco midiático a Cuba é tema de debate – Carta Maior

Cuba debate reforma econômica sem precedentes – IG

Raúl Castro encabeça desfile militar pelos 50 anos de socialismo em Cuba – AFP

quinta-feira, 5 de maio de 2011

5 MAIO 193 ANOS DE KARL MARX

Parte do artigo KARL MARX

Por Vladimir Ilitch Lênin

Karl Marx nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier (Prússia renana). O pai, advogado, israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo história e filosofia. Em 1841 terminava o curso defendendo uma tese de doutoramento sobre a filosofia de Epicuro. Eram, então, as concepções de Marx as de um idealista hegeliano. Em Berlim, aderiu ao círculo dos “hegelianos de esquerda”3 (Bruno Bauer e outros) que procuravam tirar da filosofia de Hegel conclusões ateias e revolucionárias.

Ao sair da Universidade, Marx fixou-se em Bona, onde contava tornar-se professor. Mas a política reacionária de um governo que, em 1832, tinha tirado a Ludwig Feuerbach a sua cadeira de professor, recusando-lhe nova­mente o acesso à Universidade em 1836, e que em 1841 proibira o jovem professor Bruno Bauer de fazer conferências em Bona, obrigou Marx a renunciar a uma carreira universitária. Nessa época, o desenvolvimento das ideias do hegelianismo de esquerda fazia, na Alemanha, rápidos progressos. A partir, sobretudo de 1836, Ludwig Feuerbach começa a criticar a teologia e a orientar-se para o materialismo, a que, em 1841, adere completamente (A Essência do Cristianismo); em 1843 aparecem os seus Princípios da Filosofia do Futuro. “É preciso (...) ter vivido a influência emancipadora” desses livros, escreveu mais tarde Engels, a propósito destas obras de Feuerbach. “Nós”, (isto é, os hegelianos de esquerda, entre eles Marx) “imediatamente nos tornamos feuerbachianos.”4 Nessa altura os burgueses radicais da Renânia, que tinham certos pontos de contato com os hegelianos de esquerda, fundaram em Colónia um jornal de oposição, a Gazeta Renana5 (que apareceu a partir de 1 de Janeiro de 1842). Marx e Bruno Bauer foram os seus principais colaboradores e, em Outubro de 1842, Marx tornou-se o redator-chefe, mudando-se então de Bona para Colónia. Sob a direção de Marx, a tendência democrática revolucionária do jornal acentuou-se cada vez mais e o governo começou por submetê-lo a uma dupla e mesmo tripla censura e acabou por ordenar a sua suspensão completa a partir de 1 de Janeiro de 1843. Por essa altura, Marx viu-se obrigado a deixar o seu posto de redator, mas a sua saída não salvou o jornal, que foi proibido em Março de 1843. Entre os artigos mais importantes que Marx publicou na Gazeta Renana, além dos que indicamos mais adiante (ver Bibliografia 6) Engels cita um sobre a situação dos vinhateiros do vale do Mosela 7. A sua atividade de jornalista tinha feito compreender a Marx que os seus conhecimentos de economia política eram insuficientes e por isso lançou-se a estudá-la com ardor.

Em 1843, Marx casou-se, em Kreuznach, com Jenny von Westphalen, amiga de infância, de quem já era noivo desde o tempo de estudante. A sua mulher pertencia a uma família nobre e reacionária da Prússia. O irmão mais velho de Jenny vou Westphaleu foi ministro do interior na Prússia numa das épocas mais reacionárias, de 1850 a 1858. No Outono de 1843 Marx foi para Paris para editar no estrangeiro uma revista radical em colaboração com Arnold Ruge (1802-1880; hegeliano de esquerda, preso de 1825 a 1830; emigrado depois de 1848 e partidário de Bismarck depois de 1866-1870). Mas só apareceu o primeiro fascículo desta revista, intitulada Anais Franco-Alemães8, que teve de ser suspensa por causa das dificuldades com a sua difusão clandestina na Alemanha e de divergências com Ruge. Nos artigos de Marx publicados pela revista, ele aparece-nos já como um revolucionário que proclama “a crítica implacável de tudo o que existe” e, em particular, “a crítica das armas”, e apela para as massas e o proletariado.

Em Setembro de 1844, Friedrich Engels esteve em Paris por uns dias, e desde então tornou-se o amigo mais íntimo de Marx. Ambos tomaram uma parte muito ativa na vida agitada da época dos grupos revolucionários de Paris (especial importância assumia então a doutrina de Proudhon 10, que Marx submeteu a uma crítica impiedosa na sua obra Miséria da Filosofia, publicada em 1847) e, numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaboraram a teoria e a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo). Vejam-se as obras de Marx desta época, 1844-1848, mais adiante na Bibliografia. Em 1845, a pedido do governo prussiano, Marx foi expulso de Paris como revolucionário perigoso. Foi para Bruxelas, onde fixou residência. Na Primavera de 1847, Marx e Engels filiaram-se numa sociedade secreta de propaganda, a “Liga dos Comunistas” 11, tiveram papel destacado no II Congresso desta Liga (Londres, Novembro de 1847) e por incumbência do Congresso redigiram o célebre Manifesto do Partido Comunista, publicado em Fevereiro de 1848. Esta obra expõe, com uma clareza e um vigor geniais, a nova concepção do mundo, o materialismo consequente aplicado também ao domínio da vida social, a dialética como a doutrina mais vasta e mais profunda do desenvolvimento, a teoria da luta de classes e do papel revolucionário histórico universal do proletariado, criador de uma sociedade nova, a sociedade comunista.

Quando eclodiu a revolução de Fevereiro de 1848 12, Marx foi expulso da Bélgica. Regressou novamente a Paris, que deixou depois da revolução de Março 13 para voltar à Alemanha e fixar-se em Colónia. Foi aí que apareceu, de 1 de Junho de 1848 até 19 de Maio de 1849, a Nova Gazeta Renana 14, de que Marx foi o redator-chefe. A nova teoria foi brilhantemente confirmada pelo curso dos acontecimentos revolucionários de 1848-1849 e posteriormente por todos os movimentos proletários e democráticos em todos os países do mundo. A contrarrevolução vitoriosa arrastou Marx ao tribunal (foi absolvido em 9 de Fevereiro de 1849) e depois expulsou-o da Alemanha (em 16 de Maio de 1849). Voltou então para Paris, de onde foi igualmente expulso após a manifestação de 13 de Junho de 184915, e partiu depois para Londres, onde viveu até ao fim dos seus dias.

As condições desta vida de emigração eram extremamente penosas, como o revela com particular vivacidade a correspondência entre Marx e Engels (editada em 1913). Marx e a família viviam literalmente esmagados pela miséria; sem o apoio financeiro constante e dedicado de Engels, Marx não só não teria podido acabar O Capital, como teria fatalmente sucumbido à miséria. Além disso, as doutrinas e as correntes predominantes do socialismo pequeno-burguês, do socialismo não proletário em geral, obrigavam Marx a sustentar uma luta implacável, incessante e, por vezes, a defender-se mesmo dos ataques pessoais mais furiosos e mais absurdos (Herr Vogt 16). Conservando-se à margem dos círculos de emigrados, Marx desenvolveu numa série de trabalhos históricos (ver Bibliografia) a sua teoria materialista, dedicando-se, sobretudo ao estudo da economia política. Revolucionou esta ciência (ver a seguir o capítulo acerca da doutrina de Marx), nas suas obras Contribuição para a Crítica da Economia Política (1859) e O Capital (r. i, 1867).

A época da reanimação dos movimentos democráticos, no final dos anos 50 e nos anos 60, levou Marx a voltar ao trabalho prático. Foi em 1864 (em 28 de Setembro) que se fundou em Londres a célebre I Internacional, a “Associação Internacional dos Trabalhadores”. Marx foi a sua alma, sendo o autor do primeiro “Apelo” 17 e de um grande número de resoluções, declarações e manifestos. Unindo o movimento operário dos diversos países, procurando orientar numa via de atividade comum as diferentes formas do socialismo não proletário, pré-marxista (Mazzini, Proudhon, Bakúnine, o trade-unionismo liberal inglês, as oscilações dos lassallianos para a direita na Alemanha, etc.) combatendo as teorias de todas estas seitas e escolas, Marx foi forjando uma tática única para a luta proletária da classe operária nos diversos países. Depois da queda da Comuna de Paris (1871) - a qual Marx analisou (em A Guerra Civil em França, 1871) de uma maneira tão penetrante, tão justa, tão brilhante, tão eficaz e revolucionária - e depois da cisão provocada pelos bakuninista 18, a Internacional não pôde continuar a subsistir na Europa. Depois do Congresso de 1872 em Haia, Marx conseguiu a transferência do Conselho Geral da Internacional para Nova lorque. A I Internacional tinha cumprido a sua missão histórica e dava lugar a uma época de crescimento infinitamente maior do movimento operário em todos os países do mundo, caracterizada pelo seu desenvolvimento em extensão, pela formação de partidos socialistas operários de massas no quadro dos diversos Estados nacionais.

A sua atividade intensa na Internacional e os seus trabalhos teóricos, que exigiam esforços ainda maiores, abalaram definitivamente a saúde de Marx. Prosseguiu a sua obra de transformação da economia política e de acabamento de O Capital, reunindo uma massa de documentos novos e estudando várias línguas (o russo, por exemplo), mas a doença impediu-o de terminar O Capital.

A 2 de Dezembro de 1881, morre a sua mulher. A 14 de Março de 1883, Marx adormecia pacificamente, na sua poltrona, para o último sono. Foi enterrado junto da sua mulher no cemitério de Highgate, em Londres. Vários filhos de Marx morreram muito jovens, em Londres, quando a família atravessava uma grande miséria. Três das suas filhas casaram com socialistas ingleses e franceses: Eleanor Aveling, Laura Lafargue e Jenny Longuet; um dos filhos desta última é membro do Partido Socialista Francês.

A DOUTRINA DE MARX

O marxismo é o sistema das ideias e da doutrina de Marx. Marx continuou e desenvolveu plena e genialmente as três principais correntes ideológicas do século XIX, nos três países mais avançados da humanidade: a filosofia clássica alemã, a economia política clássica inglesa e o socialismo francês, em ligação com as doutrinas revolucionárias francesas em geral. O caráter notavelmente coerente e integral das suas ideias, reconhecido pelos próprios adversários - e que, no seu conjunto, constituem o materialismo moderno e o socialismo científico moderno como teoria e programa do movimento operário de todos os países civilizados -, obriga-nos a fazer preceder a exposição do conteúdo essencial do marxismo, a doutrina econômica de Marx, de um breve resumo da sua concepção do mundo em geral.

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3 Hegelianos de esquerda ou jovens hegelianos: corrente idealista na filosofia alemã dos anos 30-40 do século XIX, que procurava tirar conclusões radicais da filosofia de Hegel e fundamentar a necessidade de transformação burguesa da Alemanha. O movimento dos jovens hegelianos era representado por D. Strauss, B. e E.Bauer, M. Stirner e outros. Durante certo tempo, também L. Feuerbach partilhou as suas ideias, bem com K. Marx e F. Engels na sua juventude, os quais, rompendo posteriormente com os jovens hegelianos, submeteram à crítica a sua natureza idealista e pequeno-burguessa em A Sagrada Família (1844) e em A Ideologia Alemã (1845-1846).

4 F. Engels , Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã.

5 Rheinische Zeitung (für Politik, Handel und Gewerbe (Gazeta Renana de Política, Comércio e Indústria), diário que se publicou em Colónia entre 1 de janeiro de 1842 e 31 de março de 1843. O jornal foi fundado por representantes da Renânia que tinham uma atitude oposicionista para com o absolutismo prussiano.Também alguns hegelianos de esquerda foram atraídos para participarem no jornal. A partir de abril de 1842, K. Marx colaborou na Gazeta Renana, e a partir de outubro do mesmo ano tornou-se um dos seus redatores, passando o jornal a revestir-se de um caráter democrático revolucionário. Em janeiro de 1843, o governo da Prússia decretou o encerramento da Gazeta Renana a partir de 1 de abril, estabelecendo entretanto uma censura especialmente rigorosa ao jornal. Devido à decisão dos acionistas de lhe atribuir um caráter mais moderado. Marx, em 17 de março de 1843, declarou que saía da redação.

6 Trata-se da lista de obras composta por V.I. Lenine para o artigo Karl Marx (que não se inclui na presente edição – N. Ed.).

7 Trata-se do artigo de K. Marx Justificação do Correspondente do Mosela.

8 Só apareceu o primeiro fascículo duplo, em fevereiro de 1844. Nele foram publicadas as obras de K. Marx e F. Engels que marcam a sua passagem definitiva para o materialismo e comunismo.

9 Na introdução ao artigo Contribuição para a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Marx escreve: “ A arma da crítica não podia evidentemente substituir a crítica das armas, porque a foca material não pode ser derrubada senão pela força material; mas, logo que penetra nas massas, a teoria passa a ser, também ela, uma força material.”

10 Doutrina de Proudhon: corrente anticientífica, hostil ao marxismo, do socialismo pequeno-burguês. Criticando a grande propriedade capitalista a partir de posições pequeno-burguesas, Proudhon sonhava com perpetuar a pequena propriedade privada, propunha que fossem organizados os bancos “do povo” e de “troca”, que, segundo ele, permitiriam aos operários obter meios de produção próprios, tornar-se artesões e garantir a venda “justa” dos seus produtos. Proudhon não compreendia o papel histórico do proletariado, negava a luta de classes, a revolução proletária e a ditadura do proletariado. Partindo de posições anarquistas, negava também a necessidade do Estado.

11 Liga dos Comunistas: primeira organização internacional comunista do proletariado, criada sob a direção de Marx e Engels no início de junho de 1847, em Londres em conseqüência da reorganização da Liga dos Justos, associação secreta alemã de operários e artesãos, que seguiu na década de 1830. Os princípios programáticos e de organização da Liga fora, elaborados com a participação direta de Marx e Engels, que redigiram também o documento programático, o Manifesto do Partido Comunista, publicado em fevereiro de 1848. A Liga dos Comunistas existiu até Novembro de 1852 e foi antecessora da Associação Internacional dos Trabalhadores (I Internacional). Os dirigentes mais eminentes da Liga dos Comunistas desempenharam mais tarde o papel dirigente na I Internacional.

12 Trata-se da revolução burguesa em França, em fevereiro de 1848.

13 Trata-se da revolução burguesa na Alemanha e na Áustria, que se iniciou em março de 1848.

14 A Nova Gazeta Renana (Neue Rheinische Zeitung) publicou-se em Colónia entre 1 de junho de 1848 e 19 de maio de 1849. O jornal foi dirigido por K. Marx e F. Engels, sendo Marx redator-chefe. A Nova Gazeta Renana, apesar de todas as perseguições e obstáculos por parte da polícia, defendia corajosamente os interesses da democracia revolucionária, os interesses do proletariado. A expulsão de Marx da Prússia em março de 1848 e as perseguições contra os outros redatores da Nova Gazeta Renana foram a causa da cessação da publicação do jornal.

15 Trata-se da manifestação popular em paris organizada pelo partido da pequena burguesia (“Montanha”) em sinal de protesto contra a infração, pelo presidente e pela maioria da Assembléia Legislativa, da ordem constitucional estabelecida pela revolução de 9148. A manifestação foi dispersa pelo governo.

16 Lénine alude ao panfleto de K. Marx Herr Vogt (O Senhor Vogt), escrito em resposta à brochura caluniosa O Meu Processo contra o “Allgemeine Zeitung”, do agente bonapartista K. Vogt.

17 Trata-se do manifesto Constituinte da Associação Internacional dos Trabalhadores.

18 Bakuninismo: corrente cuja denominação deriva do nome de Nakúnine, ideólogo do anarquismo, inimigo do marxismo e do socialismo científico. Os bakininistas travaram uma luta tenaz contra a teoria marxista e contra a tática do movimento operário. A tese principal do bakuninismo é a negação de todo o Estado, incluindo a ditadura do proletariado, e a incompreensão do papel histórico universal do proletariado. Uma sociedade revolucionária secreta constituída por “destacadas personalidades” devia, na opinião dos bakuninistas, dirigir revoltas populares. A sua tática das conquistas e do terror era aventureira e hostil à doutrina marxista da insurreição.

* Parte do artigo KARL MARX (Breve nota biográfica com uma exposição do marxismo) – Escrito em julho-novembro de 1914 – Reproduzido de V.I.Lenine, Obras Escolhidas em Três Tomos, Editora Alfa-Omega – São Paulo – 1979

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Lênin, W.I., in. Obras Escolhidas, Alfa Omega

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